Em tratamento psicológico por conta do uso de maconha, o zagueiro Luizão, que disputava até então a Série B do Brasileiro pelo América/RN, acabou suspenso por seis meses na tarde desta sexta-feira, dia 26 de novembro, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após decisão unânime dos auditores da Quarta Comissão Disciplinar. Com o resultado, o jogador só poderá voltar a jogar a partir do dia 26 de maio de 2011. Clube e atleta ainda podem recorrer da decisão.
Acompanhe o site Justicadesportiva.com.br também pelo TwitterLuizão foi flagrado no exame antidoping feito após a partida entre São Caetano e América/RN , no dia 11 de setembro, no estádio Anacleto Campanella, quando o time da casa venceu por 1 a 0. O resultado da amostra da urina apresentou "S8. Cannabinoids/ THC (11-nor-9-carboxy-delta9-tetrahydrocannabinol)", presente na maconha, substância proibida pelo Regulamento de Controle de Dopagem da CBF e da Agência Mundial Antidopagem (AMA).
O zagueiro do Mecão foi julgado com base no artigo 2.1. (presença de uma substância proibida ou de seus metabólicos ou marcadores em uma amostra colida do atleta) do Código Mundial Antidoping (CMAD).Após deixar Natal rumo ao Rio de Janeiro de ônibus para comparecer ao julgamento, Luizão contou um pouco de sua história, e como usou a droga pela qual foi denunciado."Na verdade acho que isso se dá à trajetória de vida que eu tenho. Meus pais se separaram quando eu era muito jovem e numa vila humilde. Não tive a oportunidade de estudar. Meus pais não estudaram e não me deram uma base familiar para a minha vida. Eu estava em natal e fazia um certo tempo que eu não jogava. não foi a primeira vez que fumei. Fazia um mês e meio que eu tinha chegado em natal e minha situação estava indefinida”, disse o jogador, que ainda detalhou como se deu o uso, três dias antes do jogo em que foi flagrado.“Conversando com meu empresário tudo dava a entender que eu não ficaria. O América me deu muita força, mas na ocasião o time se encontrava em dificuldade. Eu também. Sou pai de família, tenho dois filhos. Mas a situação ruim fez com que eu fizesse isso. Um amigo me convidou pra conhecer a cidade e nessa noite eu saí para dar uma volta e usei a maconha. Estava triste por tudo. estava passando na praia, senti o cheiro e quis fumar".O jogador também assumiu que já foi pego pelo mesmo problema na época em que atuava no Mogi Mirim /SP, quando foi suspenso por três meses. "Na época, eu aprendi. minha esposa é evangélica e eu fui com ela para a igreja", disse Luizão, que ainda afirmou não ser viciado."Meu contrato foi rescindido com o América. Se eu for punido com suspensão de um ano, seria o fim da minha carreira", ainda lamentou o jogador, antes da votação. "Eu tenho família, tenho filho. Quero me recuperar como homem, como pessoa. É difícil sair na rua de cabeça baixa, com as pessoas me reconhecendo como o cara que foi pego no doping", desabafou, antes de ter o seu depoimento encerrado.
O relator do processo, Paulo Bracks, antes de votar, enfatizou ao jogador que a situação poderia ser bem pior caso tivesse nos autos a suspensão anterior por conta de doping. Se assim estivesse no processo, Luizão poderia ser banido do esporte, pena prevista para o caso de reincidência.
Lateral do América/RN liberado para a última rodada. O lateral-esquerdo Aírton, do América/RN, também foi julgado nesta sexta-feira, e teve melhor sorte que o ex-companheiro flagrado no antidoping. O jogador foi absolvido pela Quarta Comissão Disciplinar, e dessa forma poderá enfrentar o Brasiliense/DF na última rodada da Série B.De acordo com o árbitro da partida entre o time de Natal e o Figueirense, realizada no último dia 6, Airton recebeu o segundo cartão amarelo aos 30 minutos do segundo tempo, por agarrar seu adversário na disputa de bola. O lateral respondeu ao artigo 250 (praticar ato desleal ou hostil durante a partida) do CBJD.
Fonte: Uol
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