O ministro de esportes do Reino Unido, Hugh Robertson, pediu a suspensão das eleições a presidente da Fifa devido ao escândalo de corrupção que, segundo ele, transformou a campanha em "uma farsa". As declarações do político foram divulgadas pela imprensa inglesa.
O suíço Joseph Blatter, atual presidente da Fifa e candidato à reeleição, e o qatari Mohammed bin Hammam, que também concorre ao cargo, terão de dar explicações ao comitê de ética da entidade neste domingo, apenas três dias antes da eleição, prevista para a próxima quarta-feira.
Na última quarta-feira, a Fifa anunciou que seu comitê de ética tinha aberto um procedimento disciplinar para investigar a suspeita de violação do código por parte do vice-presidente da entidade máxima do futebol, Jack Warner, e de Mohammed bin Hammam.
Dois dias depois, uma denúncia apresentada por Mohammed bin Hammam, membro do comitê executivo da Fifa e rival de Blatter nesta campanha, obrigou a abertura de outro procedimento disciplinar, neste caso contra o atual presidente.
- A campanha para a eleição presidencial se degradou a uma farsa. Com os dois candidatos acusados de corrupção, tudo indica que a eleição deveria ser suspensa - disse Robertson, que pediu transparência nos organismos desportivos.
Ele destacou que "deve haver uma mudança pelo bem do mundo do futebol" e, para isso, fez uma comparação com o novo regulamento adotado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) após o escândalo de subornos nos Jogos de Inverno de Salt Lake City, em 1999.
- A Fifa precisa urgentemente de uma reforma, igual a do COI após Salt Lake City - advertiu o ministro britânico.
O escândalo de 12 anos atrás veio à tona quando se descobriu que a candidatura de Salt Lake City para os Jogos de Inverno de 2002 tinha destinado US$ 1 milhão (R$ 16 milhões) em privilégios a membros do COI e suas famílias como favorecimento.
- Não vejo como se vai a desenvolver um processo de eleição com ambos os candidatos acusados de corrupção. Seria um processo sem sentido. Há um desejo de tentar, trabalhar e mudar a Fifa de dentro. Se a Fifa demonstra que é incapaz de fazer isso, então me atreveria a dizer que todas as opções são possíveis - analisou o ministro.
Fonte/AgoraEsportes
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