sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Brasil perde nos pênaltis e fica com a prata

Após a morte do pai da lateral-direita Maurine, e do acidente automobilístico envolvendo o técnico Kleiton Lima, a Seleção Brasileira feminina de futebol acabou ficando sem a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Campeão em Santo Domingo-2003 e no Rio-2007, o Brasil acabou derrotado nos pênaltis pelo Canadá, nesta quinta-feira, por 4 a 3, após um empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, na grande decisão no Estádio Omnilife.

Nas penalidades, Matheson, Sinclair, Booth e Schmidt converteram para as canadenses. Francielle, Maurine e Ketlen tinham feito para a Seleção, mas Grazielle havia perdido na terceira cobrança. Com isso, se Chapman fizesse, o Canadá venceria. Mas a jogadora acabou chutando na trave. Sendo assim, Debinha, autora do gol brasileiro na partida, tinha de marcar para a disputa ir para as cobranças alternadas. Mas goleira Le Blanc acabou defendendo a finalização da atleta do Brasil.

A Seleção feminina entrou em campo disposta a conquistar o ouro para que Maurine pudesse cumprir a promessa que fizera: dedicar a medalha ao pai Assis Brasil Dorneles Gonçalves, que estava com uma infecção pulmonar e acabou morrendo no domingo após sofrer uma parada respiratória. Na terça-feira, Maurine havia marcado contra o México o gol da classificação para a final.

Para piorar ainda mais a situação, um dia antes da final, o técnico Kleiton Lima teve uma suspeita de fratura em uma costela, após o veículo em que se encontrava em Guadalajara frear bruscamente e ele bater no banco. A lesão acabou não sendo séria e ele ficou no banco de reservas.

Debinha abriu o placar logo no início do jogo (Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

E do banco o treinador viu a atacante Debinha, surpresa na equipe titular, abrir o placar logo aos 3 minutos com um belo chute da entrada da área. O gol deu tranquilidade ao Brasil. Mas a Seleção acabou recuando muito e deu espaços ao Canadá. Mesmo assim, as canadenses pouco criaram.

A melhor chance veio após confusão na área brasileira. Fran afastou e Sinclair acabou finalizando por cima do gol de Bárbara.


Sinclair empatou a final para o Canadá (Foto: Henry Romero/Reuters)

No segundo tempo, o Brasil continuou recuado. Com isso, o Canadá partiu para cima em busca do empate. Mas a defesa brasileira não dava espaços. E, mesmo pressionada, a Seleção, em bons contra-ataques, acabou criando as melhores chances da etapa final. Em cruzamento de Maycon, Debinha quase marcou de cabeça.

Logo depois, Debinha fez ótima jogada e tocou para Thaisinha dentro da grande área. Ela chutou de primeira para boa defesa da goleira Le Blanc. Na cobrança do escanteio, Maurine quase fez um gol olímpico. Em seguida, Maurine cruzou para Rosana, que cabeceou perto do gol. O Canadá deu o troco e Tânia Maranhão por pouco marcou contra após chute de Sinclair.

E o Brasil ainda teve duas chances com Debinha para matar o jogo. Na primeira, ela desviou para fora cruzamento de Maycon. Depois, diante da goleira Le Blanc, Debinha desperdiçou dois chutes seguidos. Com os gols perdidos, a Seleção acabou punida aos 42 minutos. Em cobrança de escanteio, Sinclair se antecipou à goleira Bárbara e empatou a partida.

Jogadoras da Seleção após a eliminação nos penalidades (Foto: Eduardo Viana)

No primeiro tempo da prorrogação, o Canadá pressionou mais e teve as melhores chances. A mais clara aconteceu com Wilkinson. Ela entrou pela direita e cruzou com perigo. Bárbara, porém, espalmou para escanteio. No segundo tempo, Tânia perdeu a bola no campo de ataque, as canadenses iniciaram um contra-ataque. A goleira brasileira, no entanto. salvou com ótima defesa chute de Sinclair. Nos minutos finais, Ketlen teve a chance para dar a vitória ao Brasil, mas chutou para fora.


Fonte/Lancenet

Nenhum comentário:

Postar um comentário