sábado, 8 de outubro de 2011

Fifa prevê perda de R$ 180 mi com meia-entrada e cobra governo

Fifa, de Jérôme Valcke e Joseph Blatter, não está disposta a arcar com os custos gerados pelo benefício da meia-entrada

A Fifa não parece estar disposta a se inclinar ao benefício oferecido pelo governo brasileiro em eventos esportivos, de cobrar meia-entrada de estudantes e idosos. Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, a entidade máxima do futebol prevê um déficit de US$ 100 milhões (R$ 180 milhões) nos lucros do evento, caso 50% do valor dos ingressos seja abatido para esse nicho da população brasileira, o que prejudicaria a meta de expandir os lucros provenientes da Copa 2014 em relação ao último Mundial. O órgão pressiona o governo e avisa que não arcará com o gasto. Em reunião na última segunda-feira, em Bruxelas, a presidente Dilma Rousseff se encontrou com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke para discutir aspectos relativos aos termos da Lei da Copa, e explicitou que o governo não poderia interferir no benefício, por estar presente em leis estaduais.

O grande problema é que a Câmara aprovou o Estatuto da Juventude, que torna a meia-entrada uma obrigatoriedade para estudantes de 15 a 29 anos, o que, somado ao mesmo benefício previsto do Estatuto do Idoso, tornaria o acesso ao ingresso mais barato abrangente para uma grande parcela da população. Como solução, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, defendeu que os governos arquem com os prejuízos acarretados pela concessão do benefício à população, o que encerraria o impasse com a Fifa e possibilitaria o cumprimento de todas as exigências feitas pela entidade para a realização do evento no Brasil. Os ingressos na última edição da Copa do Mundo custavam uma média de US$ 135 (R$ 244) e, com os reajustes previstos a cada edição do evento, a tão discutida meia-entrada ficaria em torno de US$ 70 (R$ 127).

Fonte/ArivaldoMaia

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