Ao rescindir contrato com o Ipatinga, na quinta-feira (16), o lateral direito Bosco aproveitou também para anunciar o fim de sua carreira no futebol, aos 31 anos de idade. O contrato do jogador terminaria em maio deste ano. Contudo, como não estava nos planos da comissão técnica do Tigre, Bosco acabou aceitando a proposta do clube, pegou o dinheiro da rescisão e confirmou a aposentadoria. “Realmente estou deixando o futebol”, revelou o lateral, ao DIÁRIO DO AÇO.
Formado na categoria de base do Atlético, Bosco passou em seguida pelo Paraná Clube, Örgryte (Suécia), Vila Nova-GO, Grêmio Barueri-SP, Criciúma-SC, Vitória-BA, ABC-RN, Paysandu-PA, Paulista de Jundiaí-SP, Novo Hamburgo-RS e Ipatinga, no segundo semestre de 2011.
Bosco admite que o futebol o deixou “enfastiado”, e afirma que este é o principal fator que o levou a optar pela aposentadoria. “Meu maior motivo é o cansaço do futebol. Não o desgaste físico, mas o desgaste mental”, resumiu. “Sei que parei precocemente. Não é por questão física, até porque sempre me cuidei muito, por ser lateral, uma posição que exige muito da gente. Conversei com a minha esposa. É uma decisão que já vinha sendo trabalhada. Não queria continuar expondo a minha família a alguns desgastes do futebol”, acrescenta Bosco.
Sem mágoa
Em 2011, Bosco conquistou o acesso à Série B do Brasileiro e o título da Taça Minas Gerais com o Tigre. O atleta pretendia atuar por mais uma temporada, mas não continuou nos planos do clube. “Fiquei surpreso porque saí de férias, em dezembro, e dia 2 de janeiro me ligaram informando que eu não faria mais parte do grupo”, conta Bosco.
Apesar disso, o jogador assegura que pendura a chuteira sem mágoas. “Não saio magoado do futebol, até porque saio com um acesso e um título. Também não saio magoado com o Ipatinga. Só tenho a agradecer a todos no clube pela oportunidade”, ressalta Bosco.
Por religião, jogador decidiu fixar residência em Ipatinga
Bosco revela que vai continuar morando em Ipatinga. Ele reside com a família no bairro Iguaçu. O ex-lateral direito, que é Testemunha de Jeová, afirma que a religião foi decisiva para que ele permanecesse no Vale do Aço, embora a sua terra natal seja a cidade de Nova Lima.
“Comecei a participar de uma congregação dos Testemunhas de Jeová, aqui em Ipatinga. Eles me receberam muito bem. Este foi um dos motivos que me levaram a fixar residência em Ipatinga”, explica Bosco. “Agora, vou procurar alguma atividade para exercer aqui na cidade”, completa o ex-jogador, sem definir ainda qual ocupação terá daqui em diante.
Fonte:Jornal Diario do Aço
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