sexta-feira, 27 de abril de 2012

Salários de Felipão estão atrasados três meses

Conselheiros que defendem a permanência de Luiz Felipe Scolari no comando do Palmeiras deram um recado ao presidente Arnaldo Tirone: os salários do técnico estão três meses atrasados e, se o processo de fritura não parar, a situação pode se complicar. O treinador não se manifestou sobre o atraso.


Desde a queda do time no Campeonato Paulista, com a derrota para o Guarani, um grupo de conselheiros tem pedido a cabeça de Felipão todos os dias para o presidente. Tamanha pressão provocou uma reação no grupo que defende o treinador.

Tirone, em recente entrevista à Rádio Bandeirantes, bancou a permanência de Felipão até o final do contrato - dezembro deste ano. "Aprendi com meu pai (diretor de futebol do Palmeiras nos anos de 1960) que não adianta trocar técnicos a toda hora. Conversei com o Felipão e ele me disse que, enquanto tiver motivação, vai continuar trabalhando no Palmeiras."

A diretoria do clube admite que houve alguns atrasos no pagamento dos salários e revelou que o dinheiro cedido pela empresa Toksai não foi usado para o pagamento ao Werder Bremen pela contratação do meia Wesley, como havia sido noticiado na época da contratação do jogador. Os dirigentes disseram que a verba foi usada para acertar algumas coisas no clube. Essas "coisas" foram parte dos salários atrasados dos jogadores.

Quem confirmou a informação ao Estado foi uma pessoa ligada à diretoria. Entretanto, ela nega que a dívida ainda exista. "Foi quitado faz uns 50 dias", garante. Segundo essa pessoa, o Palmeiras pagava um mês de salário quando estava próximo de completar o terceiro de atraso. E que diretoria e o técnico fizeram uma espécie de "pacto de silêncio" para que a história não vazasse.

Além de Felipão, alguns jogadores também tiveram seus direitos de imagem atrasados. Os jogadores com salários mais elevados foram as vítimas. Marcos Assunção e Valdivia, por exemplo, só conseguiram receber todos os atrasados graças a ajuda da empresa que comprou parte dos direitos de Wesley.

Respiro. Ontem, o alívio dos jogadores era evidente após o jogo contra o Paraná. "A vitória por 2 a 1 está bom. Não importa se é por um ou dois gols, o que precisávamos era vencer. Só assim dá para esquecer o Campeonato Paulista", disse Valdivia.

Já Henrique admitiu que o time entrou em campo pressionado. "Sabíamos que tínhamos de vencer de qualquer jeito."


Fonte: Estadão

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