Conselheiros que defendem a
permanência de Luiz Felipe Scolari no comando do Palmeiras deram um
recado ao presidente Arnaldo Tirone: os salários do técnico estão três
meses atrasados e, se o processo de fritura não parar, a situação pode
se complicar. O treinador não se manifestou sobre o atraso.
Desde
a queda do time no Campeonato Paulista, com a derrota para o Guarani,
um grupo de conselheiros tem pedido a cabeça de Felipão todos os dias
para o presidente. Tamanha pressão provocou uma reação no grupo que
defende o treinador.
Tirone,
em recente entrevista à Rádio Bandeirantes, bancou a permanência de
Felipão até o final do contrato - dezembro deste ano. "Aprendi com meu
pai (diretor de futebol do Palmeiras nos anos de 1960) que não adianta
trocar técnicos a toda hora. Conversei com o Felipão e ele me disse que,
enquanto tiver motivação, vai continuar trabalhando no Palmeiras."
A
diretoria do clube admite que houve alguns atrasos no pagamento dos
salários e revelou que o dinheiro cedido pela empresa Toksai não foi
usado para o pagamento ao Werder Bremen pela contratação do meia Wesley,
como havia sido noticiado na época da contratação do jogador. Os
dirigentes disseram que a verba foi usada para acertar algumas coisas no
clube. Essas "coisas" foram parte dos salários atrasados dos jogadores.
Quem
confirmou a informação ao Estado foi uma pessoa ligada à diretoria.
Entretanto, ela nega que a dívida ainda exista. "Foi quitado faz uns 50
dias", garante. Segundo essa pessoa, o Palmeiras pagava um mês de
salário quando estava próximo de completar o terceiro de atraso. E que
diretoria e o técnico fizeram uma espécie de "pacto de silêncio" para
que a história não vazasse.
Além
de Felipão, alguns jogadores também tiveram seus direitos de imagem
atrasados. Os jogadores com salários mais elevados foram as vítimas.
Marcos Assunção e Valdivia, por exemplo, só conseguiram receber todos os
atrasados graças a ajuda da empresa que comprou parte dos direitos de
Wesley.
Respiro.
Ontem, o alívio dos jogadores era evidente após o jogo contra o Paraná.
"A vitória por 2 a 1 está bom. Não importa se é por um ou dois gols, o
que precisávamos era vencer. Só assim dá para esquecer o Campeonato
Paulista", disse Valdivia.
Já Henrique admitiu que o time entrou em campo pressionado. "Sabíamos que tínhamos de vencer de qualquer jeito."
Fonte: Estadão
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