Flávio Tavares/Hoje em Dia
Gabriel América rodriguinho
Gabriel (esquerda) argumentou a favor dos companheiros

Para uma boa parte da torcida, a queda de rendimento do América na Série B do Campeonato Brasileiro tem um motivo: os excessos cometidos pelos jogadores na vida extracampo. Na partida contra o Barueri, terça-feira, no Independência, um grupo de torcedores levou faixas acusando os atletas de “baladeiros”. A manifestação, contudo, foi proibida pela Polícia Militar.
Apesar do momento decadente na Segundona, onde ocupa o oitavo lugar, com 40 pontos, os jogadores do Coelho se defendem. Para eles, a queda de produção não se deve à falta de comprometimento dos atletas fora de campo.
“Quando as vitórias não aparecem, esses assuntos desagradáveis vêm à tona”, argumenta o atacante Alessandro.
Depois de um ótimo início, quando chegou a liderar a competição, o Coelho deixou o G-4 da Série B na 15ª rodada. A partir daí, a convive com uma sequência de resultados.
NOITADAS
Ao mesmo tempo, denúncias de que jogadores são vistos em casas noturnas, consumindo álcool até a madrugada, circulam pela cidade.
Uma delas aponta que muitos americanos são frequentadores assíduos de um pagode que ocorre aos sábados, no bairro Castelo. Lá, a turma costuma curtir a roda de samba, inclusive, quando há treino na manhã do dia seguinte.
“O jogador tem que ser coerente, ter personalidade para discernir o que é certo e o que é errado. E cabe à diretoria e à comissão técnica tomar providências em relação a este tipo de especulação”, esquiva-se Alessandro.
O zagueiro Gabriel refuta as denúncias e ainda enaltece a dedicação dos companheiros.
“Não acredito nisso. Claro que algumas vezes acontece. Mas temos alguns atletas no grupo que jogam com problemas físicos, na base do sacrifício e isso ninguém comenta”, rebate.
“O Everton Luiz sofre com uma contusão no púbis e mesmo assim vai para o jogo. Isso tem que ser valorizado”, completa o defensor.
ACIDENTE
O envolvimento do meia Rodriguinho, em companhia de Everton Luiz, num acidente de carro, na madrugada, de 17 de setembro, às vésperas da viagem para Brangança Paulista, contribuiu para reforçar as denúncias.
Sobretudo, porque os policiais informaram que Rodriguinho estaria embriagado.