Sem grandes obras de mobilidade para o Mundial, legado da competição é o conhecimento para moradores
Permissionário
mais antigo do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, na região portuária de
Manause, com 54 anos de experiência na venda de artesanato indígena e
instrumentos regionais, José Francisco da Costa, 85 anos.
Foto:
Leanderson Lima / Especial
Leanderson Lima, correspondente do Grupo RBS em Manaus
Em uma cidade que não terá grandes obras de mobilidade para a Copa,
ao menos um legado do Mundial pode ser percebido em Manaus: o interesse
dos moradores em aprender outro idioma. Um exemplo é o trabalho
desenvolvido com feirantes do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, na
região portuária da capital amazonense. Os permissionários do local —
que passou quase oito anos fechado em reforma até ser reinaugurado na
semana passada —, receberam aulas de inglês para recepcionar os turistas
que virão à capital amazonense para conferir as partidas da competição,
já que o "Mercadão" é um dos principais pontos turísticos da cidade.
Permissionário mais antigo do local, com 54 anos de experiência na venda de artesanato indígena e instrumentos regionais, José Francisco da Costa, 85 anos, já sabe o que dizer aos turistas estrangeiros logo no primeiro contato.
— Welcome — anuncia em alto e bom som
Costa garante que o curso básico é suficiente para atender os turistas:
— Com carinho e amor a gente atende todo mundo.
O secretário municipal de Feiras, Mercados, Produção e Abastecimento, Fábio Pacheco, conta como foi o início do processo do ensino de idiomas aos permissionários:
— Eles tinham uma frase que dizia que papagaio velho não aprende a falar, mas foi o contrário. A frase foi vencida e eles estão preparados para oferecer os produtos. Dentro da simplicidade deles, obviamente.
Ao todo, 173 permissionários participaram do curso Noções de inglês, oferecido pela Escola de Serviço Público Municipal. Além dos feirantes, o programa se estendeu também aos servidores públicos que atuam nas unidades de urgência (Samu), Centro de Atendimento aos Turistas e agentes de trânsito.
Em nível estadual, o governo lançou um programa na mesma linha, intitulado "Amazonas Bilíngue". A diferença é que o projeto está sendo implantado em escolas de ensino fundamental e deve atender 958 jovens. Janaína Lima Picanço, de 16 anos, só havia tido contato com a língua inglesa de forma incipiente, na disciplina ensinada no colégio.
— Eu tinha muita vontade de estudar e fiquei muito feliz em poder fazer aulas sem ter de pagar — revela a estudante da Escola Estadual Nathália Uchôa, que sonha estar com um inglês afiado para fazer bonito durante o Mundial.
Fonte/ZeroHora
Permissionário mais antigo do local, com 54 anos de experiência na venda de artesanato indígena e instrumentos regionais, José Francisco da Costa, 85 anos, já sabe o que dizer aos turistas estrangeiros logo no primeiro contato.
— Welcome — anuncia em alto e bom som
Costa garante que o curso básico é suficiente para atender os turistas:
— Com carinho e amor a gente atende todo mundo.
O secretário municipal de Feiras, Mercados, Produção e Abastecimento, Fábio Pacheco, conta como foi o início do processo do ensino de idiomas aos permissionários:
— Eles tinham uma frase que dizia que papagaio velho não aprende a falar, mas foi o contrário. A frase foi vencida e eles estão preparados para oferecer os produtos. Dentro da simplicidade deles, obviamente.
Ao todo, 173 permissionários participaram do curso Noções de inglês, oferecido pela Escola de Serviço Público Municipal. Além dos feirantes, o programa se estendeu também aos servidores públicos que atuam nas unidades de urgência (Samu), Centro de Atendimento aos Turistas e agentes de trânsito.
Em nível estadual, o governo lançou um programa na mesma linha, intitulado "Amazonas Bilíngue". A diferença é que o projeto está sendo implantado em escolas de ensino fundamental e deve atender 958 jovens. Janaína Lima Picanço, de 16 anos, só havia tido contato com a língua inglesa de forma incipiente, na disciplina ensinada no colégio.
— Eu tinha muita vontade de estudar e fiquei muito feliz em poder fazer aulas sem ter de pagar — revela a estudante da Escola Estadual Nathália Uchôa, que sonha estar com um inglês afiado para fazer bonito durante o Mundial.
Fonte/ZeroHora
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