Delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Amazonas, Mário Aufiero, determinou instauração imediata de inquérito
Segundo o delegado, nunca houve investigação de assédio no futebol de base
Aliciamento e assédio a garotos das categorias de base do futebol amazonense agora é, oficialmente, um caso de polícia. O delegado-geral adjunto de Polícia Civil do Amazonas, Mário Aufiero, 38, determinou a partir desta segunda-feira a imediata instauração de inquérito policial para investigar detalhadamente caso a caso para se chegar aos criminosos.
Conforme Aufiero, a ação policial será levada a cabo em conjunto com a Delegacia Especializada na Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional Amazonas (OAB-AM).
O delegado-geral adjunto garantiu o sigilo de fonte e afirmou que a apuração começa a partir dos relatos e dos diálogos nas redes sociais envolvendo aliciadores e aliciados. “O inquérito policial deve levar em torno de 30 dias para darmos uma resposta a sociedade. Determinei à DPCA (delegada titular Linda Gláucia) a instauração imediata de inquérito e oficiei o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AM (advogado Epitácio Almeida) sobre o inquérito”, afirmou o delegado.
Aufiero destacou a importân cia da publicação feita pelo jornal A CRÍTICA no domingo passado comprovando o aliciamento no futebol de base local, e disse que o conteúdo será usado como um documento valioso para a investigação. “Oficiamos também o jornal A CRÍTICA, de forma a ter acesso aos relatos das vítimas. Para que a gente possa chegar aos criminosos, precisamos dessas informações”.
Investigação inéditaDe acordo com o delegado-geral adjunto, nunca antes houve investigação similar na história da Polícia Civil amazonense, cujas características dão conta de rede de aliciamento sistematizada envolvendo treinadores e auxiliares nas categorias de base que se beneficiam de favores sexuais de jogadores menores de idade.
Aufiero disse não acompanhar de perto o futebol local em razão do trabalho, mas se declarou preocupado com a gravidade do crime contra as categorias de base. “Nunca tivemos em nossos arquivos qualquer investigação que desse conta de treinador aliciando, assediando ou explorando pessoas que estão jogando em um time de futebol em troca de favores sexuais. É algo novo e, por isso, mais um motivo para darmos resposta”.
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