sexta-feira, 30 de maio de 2014

Lanche padrão Fifa: mais que aeroporto, menos que companhia aérea



À exceção de diabéticos, o torcedor que quiser se alimentar nos estádios durante os jogos da Copa terá de desembolsar um troco considerável.

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Preço obsceno: cachorro quente aumentou R$ 2, mas ganhou salsicha adicional
Cada comprador de ingresso para a Copa aceitou as regras definidas pela Fifa para o funcionamento dos estádios. Em meio à lista do que "pode" e do que "não pode", consta a proibição de levar comida ou bebida para o interior das arenas, exceto por alimentos especiais para diabéticos, segundo atesta o ótimo "De olho na Copa, direitos e condutas do torcedor no estádio", do Idec.
Ao divulgar o preço do cardápio dos estádios, a Fifa virou centro de nova polêmica e chuva de críticas.
Até a presidenta Dilma Rousseff, em almoço no qual recebia apoio do PP a sua pré-candidatura à reeleição, reclamou do "padrão Fifa", que cobra ingressos caros e não permite democratizar o acesso a nada. Depois de tantas investidas da federação contra a canela do governo, a trolada presidencial ecoa parte das queixas sobre o Mundial.
No que tange ao cardápio, cumpre parear o preço dos estádios com outras situações. Nem é preciso chegar ao botequim da esquina ou à barraquinha de pastel da feira.
Na Copa das Confederações, o custo dos alimentos vendidos dentro e nas redondezas dos estádios foi a principal reclamação do público participante, segundo pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas por demanda do Ministério do Turismo. Um ano depois, para a Copa do Mundo, os preços foram reajustados. Para cima.
À época, os preços eram R$ 1 mais baixos no caso da cerveja nacional e da importada (de R$ 12 para R$ 13, aumento de 8,3%, ante inflação de 5,8% apurada no INPC).
A venda de bebida alcoólica dentro dos estádios durante a Copa do Mundo foi uma das celeumas que cercaram a Lei Geral da Copa. Os patrocinadores garantiram a comercialização com uma margem de lucro considerável.
O Futepoca aproveita a deixa para comparar o preço praticado no estádio com alimentos em aeroportos e os praticados durante voos, no caso de companhias aéreas que acabaram com o lanchinho e mantém cardápio com essa finalidade.
O rango padrão Fifa fica mais caro do que no avião. Mas mais barato do que no aeroporto, em alguns itens. No caso dos terminais de passageiros, como os tabelados pela Infraero não cobrem toda a variedade do cardápio das arenas, os valores oscilam mais.
O cachorro-quente encareceu mais, aumentou R$ 2. Em contrapartida, ganhou uma segunda salsicha. Mais proteína, mas não há informações sobre complementos, como molhos por exemplo.
A comparação fica limitada porque nem todos os itens de um são encontrados nos demais estabelecimentos nas mesmas condições de temperatura e pressão. Mesmo assim, o quadro está aqui:
Item Fifa 2014 Aeroporto Compahia aérea Fifa 2013
Cachorro-quente duplo R$10 R$7 R$13 R$8
X-Burguer R$10 R$8 R$13 --
Duplo X-Burguer R$13 R$12 -- --
Batata chips R$8 -- R$5 R$7
Tortilhas R$8 -- -- R$7
Amendoim torrado R$8 R$6 R$5 R$7
Pipoca R$10 -- -- R$10 a R$12
Sorvete R$6 a R$10 R$4 a R$9 -- R$8
Regionais R$ 8 a 15 -- -- R$ 8 a 15
Sanduíche de salada de frango R$10 R$8 R$13
Sanduíche de peito de peru e queijo R$10 R$8 R$13
Sanduíche vegetariano R$10 R$6 R$13
Chocolate R$8 R$6 R$5 7
Bebidas
Refrigerante R$8 R$4 R$5 5
Água mineral R$6 R$2 R$5 6
Isotônico R$8 -- -- 6
Mate gelado R$8 R$3 R$5 --
Cerveja importada R$8 -- -- 12
Cerveja nacional R$10 R$7 R$5 9
Cerveja sem álcool R$6 R$7 -- 6
Referências: Copa das Confederações 2013 em Belo Horizonte; cerveja na Copa das Confederações; Copa das Confederações em Salvador.

Fonte/RedeBrasil

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