segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Árbitro ignora suposto caso de racismo em jogo da Série B


Súmula que aparece no site da CBF não registra ocorrência na partida

Ceretta
Árbitro Guilherme Ceretta não registrou na súmula suposto caso de racismo, no jogo entre Avaí e Boa Esporte.
Foto: Reprodução/ Twitter
O árbitro Guilherme Ceretta de Lima não relatou na súmula o suposto caso de racismo no jogo entre Avaí e Boa Esporte, disputado  no sábado, 26, em Florianópolis/SC, pela 26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Conforme a súmula apresentada no site da CBF, nenhuma ocorrência foi registrada nessa partida.
Durante o confronto, o atacante Francis, do Boa Esporte, acusou o zagueiro Antônio Carlos, do Avaí, de tê-lo chamado de "macaco do caralho". Imagens da SporTV mostram o suposto momento da agressão verbal. Francis registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia da Capital, no centro de Florianópolis.
A suposta ofensa teria acontecido após uma disputa de bola entre os jogadores e, segundo o boletim, o atacante teria reclamado do ocorrido com o árbitro, que teria pedido a continuidade do jogo. Por meio de nota, o Boa disse repudiar o "infeliz ato de racismo" e esperar uma "posição exemplar" da justiça.
Por meio da assessoria de imprensa, o Avaí afirmou que a diretoria do clube conversou com o zagueiro, que negou ter feito o xingamento racista. A equipe catarinense ainda declara que fatos como este sejam utilizados com o intuito de causar confusão, obter vantagem ou prejudicar os clubes na disputa dos campeonatos.
Procurador do STJD solicitou imagens da suposta ofensa racista
O procurador geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, disse que já solicitou as imagens da suposta ofensa racista. De acordo com Schmitt, mesmo que Antônio Carlos seja declarado culpado de injúria racial pelo STJD, o Avaí não corre risco de punição. O artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva diz que se o ato é praticado por "atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica", a pena é uma suspensão de cinco a dez partidas, além de multa de R$ 100,00 a R$ 100.000,00.
O clube só é passível de punição quando a ofensa racial é "praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva". O Grêmio, por exemplo, perdeu três pontos e foi eliminado da Copa do Brasil por gritos racistas de um grupo dos seus torcedores dirigidos ao goleiro Aranha, do Santos, em agosto.
Fonte/DiáriodoNordeste

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