quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Clubes querem penas por dívidas só em 5 anos, e racham com Bom Senso


Houve uma reunião entre membros do grupo de jogadores e representantes

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O acordo entre clubes e o Bom Senso FC sobre a lei para dívidas dos times evaporou-se em sua maior parte com várias discordâncias dos dois lados. As principais divergências são o prazo para início das punições por não pagamento, o teto para gastos no futebol e a formação do comitê para penas. Com isso, as duas partes enviaram projetos diferentes ao governo federal que decidirá qual levará ao Congresso.
Houve uma reunião entre membros do grupo de jogadores e representantes do Ministério do Esporte, incluindo Aldo Rebelo, nesta quarta-feira em Brasília. Agora, sem consenso, a pasta e a Casa Civil decidirão quais pontos das propostas vão adotar. Certo é que Bom Senso e clubes têm agora um discurso beligerante.
Um encontro entre cartolas e jogadores, no mês passado, tinha chegado a acordos sobre a maioria dos pontos da LRFE (Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte). Até há uma tabela de penas com exclusão de campeonatos para atrasos de pagamentos de salários e de parcelas de débitos fiscais. A exceção era o teto de 70% para gastos dos clubes com futebol, que os dirigentes rejeitavam.
Só que o Bom Senso FC alega que os dirigentes descumpriram o acordo e enviaram uma proposta diferente ao governo. Já os clubes afirmam que nunca aceitaram os argumentos dos representantes dos atletas, e atacam.
Os clubes serão beneficiados com a renegociação de suas dívidas fiscais a partir do momento que a nova lei entrar em vigor, o que poderia ocorrer em 2015. O prazo para pagamento é dilatado, e as parcelas bem menores do que as atuais.
Mas os cartolas querem que as punições como rebaixamento ou impedimento de participação em campeonato por não pagar salários ou débitos fiscais sejam válidas em 2019. Sendo que os times só podem ser punidos após um ano sem quitar seus compromissos. Assim, só poderiam sofrer penas daqui a cinco anos. O Bom Senso alega que houve um compromisso para que isso fosse válido em 2016.
“O problema principal é que eles (Bom Senso) querem vestir a camisa da vitória. Nunca existiu esse acordo. Não é uma reunião de sindicato com mais de mil que vai chegar a uma decisão'', afirmou o representantes dos clubes, Vilson de Andrade Ribeiro, presidente do Coritiba. “Eles têm que entender que quem manda no futebol brasileiro são os clubes que dão emprego. Vamos ver nos votos.''
O Bom Senso alega que os dirigentes os traíram no que estava escrito também em relação à formação do comitê para punições, que será feito pela CBF. O governo adota uma posição neutra no momento.
“No substitutito (projeto no Congresso), estava o prazo de 2019. Mas o Bom Senso alega que as punições já vão acontecer só um ano depois então deveria ser em 2016. Não temos posição ainda. Temos que esperar'', afirmou o secretário de Futebol do Ministério, Toninho Nascimento. “O governo vai decidir uma proposta que enviará ao Congresso.''
O secretário de futebol explicou que todas as partes tinham concordado de chegar a um acordo em reunião com a presidente Dilma Rousseff. Mas não tem certeza o que aconteceu no meio do caminho para haver divergências porque não estava na reunião entre as partes. “Para mim, avançamos e está encaminhada a maior parte.''
Fonte: G1

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