quinta-feira, 30 de outubro de 2014

História mal contada!


No dia 16 de setembro, uma terça-feira, a CBF realizou reteste físico em São Paulo para árbitros e assistentes reprovados em teste anterior, como Heber Lopes e Cleriston Clay, e para os que estavam lesionados como Raphael Claus. O teste também serviu para fechar a lista dos árbitros FIFA para a temporada 2015.

A assistente paranaense, Edna Alves Batista (foto), pediu uma chance à comissão de arbitragem da CBF, ela quer ser árbitra central - seu sonho segundo ela me disse - e veio a São Paulo para realizar o teste masculino para atuar nas partidas da série A do campeonato brasileiro. Veio, mas não realizou!

Não sei o que aconteceu e longe de mim desconfiar ou querer acusar alguém de alguma tramoia, pois o corrido pode não ter passado de falta de comunicação, mas estranhamente, o verdadeiro teste realizado pela paranaense na pista do Ibirapuera, só veio a público cerca de uma semana depois. 

Na pista ela teria sido um um fenômeno se tivesse realizando o índice masculino, foram 24 tiros de 150 metros e com sobra. Fato dificílimo de acontecer até mesmo entre os homens devido ao ritmo puxado da prova. Mas o que ela fez mesmo foi o índice feminino. Só que para todos que estavam na pista e para o chefe da arbitragem brasileira, Sérgio Corrêa, o teste que ela tinha realizado à credenciava para trabalhar nos jogos masculinos. Tanto é que ela foi escalada como árbitro adicional na 24ª rodada da série A do campeonato brasileiro, na partida entre Internacional e Criciúma.

Como Paulo Camello, instrutor físico da CBF que estava supervisionando os testes, ou qualquer integrante da equipe da Fedato Esportes que estava dando os testes e nem mesmo a árbitra disse que estava realizando o feminino, a informação repassada foi que ela tinha sido aprovado com índice masculino. Fato bastante comemorado por todos na pista, inclusive ela.
Alertado por uma fonte que os tempos não batiam e que algo estava errado, fui esclarecer os fatos. Segundo apurei, Edna realmente iria realizar o teste masculino, mas teria recebido conselhos minutos antes de uma integrante da arbitragem feminina. Segundo as informações, essa assistente teria insinuado para que Edna não realizasse o índice masculino para não ficar queimada no “meio” – com as outras integrantes da arbitragem feminina do quadro da CBF -.


Uma fonte revelou que a paranaense ficou bastante abalada e chegou a chorar ainda na pista do Ibirapuera em São Paulo. Fato não presenciado por mim, na pista antes, durante e depois dos testes.

Apurei também, que recentemente, por ocasião de uma avaliação com teste yo-yo realizado no Paraná, Edina pediu autorização da CBF e fez um simulado do teste masculino para provar pra ela mesma que era capaz e que passaria se tivesse feito em São Paulo, mas o resultado não foi o que ela esperava. Foi reprovada.

No rápido contato que tive com Edina Alves, paranaense como eu, na pista do Ibirapuera, fiquei com a impressão que é uma menina especial. Humilde, sonhadora e centrada no que faz. Se infelizmente ocorreu o acima relatado, ela foi mais vitima da sua humildade do que "pressões" externas. Arbitrar é liderar e liderar é não abaixar a cabeça quando algo tenta fazer com que seus sonhos não vire realidade. Então se posso dar uma conselho, que enfrente seus traumas e algozes de frente, pois a vida é cheia de surpresas e novas chances aparecerão mais rápido do que imagina.
Fonte/BlogdoMarçal

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