No dia 16 de setembro, uma terça-feira, a CBF realizou reteste
físico em São Paulo para árbitros e assistentes reprovados em teste anterior, como Heber
Lopes e Cleriston Clay, e para os que estavam lesionados como Raphael Claus. O
teste também serviu para fechar a lista dos árbitros FIFA para a temporada
2015.
A assistente paranaense, Edna Alves Batista (foto), pediu uma chance à comissão de
arbitragem da CBF, ela quer ser árbitra central - seu sonho segundo ela me disse - e veio a São Paulo para
realizar o teste masculino para atuar nas partidas da série A do campeonato
brasileiro. Veio, mas não realizou!
Não sei o que aconteceu e longe de mim desconfiar ou querer acusar alguém de alguma tramoia,
pois o corrido pode não ter passado de falta de comunicação, mas
estranhamente, o verdadeiro teste realizado pela paranaense na pista do
Ibirapuera, só veio a público cerca de uma semana depois.
Na pista ela teria sido um um fenômeno se tivesse realizando o índice masculino, foram 24 tiros de 150 metros e com sobra. Fato dificílimo de acontecer até mesmo entre os homens devido ao ritmo puxado da prova. Mas o que ela fez mesmo foi o índice feminino.
Só que para todos que estavam na pista e para o chefe da
arbitragem brasileira, Sérgio Corrêa, o teste que ela tinha realizado à
credenciava para trabalhar nos jogos masculinos. Tanto é que
ela foi escalada como árbitro adicional na 24ª rodada da série A do
campeonato
brasileiro, na partida entre Internacional e Criciúma.
Como Paulo
Camello, instrutor físico da CBF que estava supervisionando os testes, ou
qualquer integrante da equipe da Fedato Esportes que estava dando os testes e nem mesmo a árbitra
disse que estava realizando o feminino, a informação repassada foi que ela
tinha sido aprovado com índice masculino. Fato bastante comemorado por todos na pista,
inclusive ela.
Alertado por uma fonte que os tempos não batiam e que algo estava errado, fui esclarecer os fatos.
Segundo apurei, Edna realmente iria realizar o teste masculino, mas teria recebido conselhos minutos antes de uma
integrante da arbitragem feminina. Segundo as informações, essa assistente teria insinuado para que Edna não realizasse o índice masculino
para não ficar queimada no “meio” – com as outras integrantes da arbitragem
feminina do quadro da CBF -.
Uma fonte revelou que a
paranaense ficou bastante abalada e chegou a chorar ainda na pista do Ibirapuera em
São Paulo. Fato não presenciado por mim, na pista antes, durante e depois dos
testes.
Apurei
também, que recentemente,
por ocasião de uma avaliação com teste yo-yo realizado no Paraná, Edina
pediu
autorização da CBF e fez um simulado do teste masculino para provar pra
ela mesma que era capaz e que passaria se tivesse feito em São Paulo,
mas o resultado não foi o que ela
esperava. Foi reprovada.
No rápido contato que tive com Edina Alves, paranaense como eu, na pista do Ibirapuera, fiquei
com a impressão que é uma menina especial. Humilde, sonhadora e
centrada no que faz. Se infelizmente ocorreu o acima relatado, ela foi
mais vitima da sua humildade do que "pressões" externas. Arbitrar é
liderar e liderar é não abaixar a cabeça quando algo tenta fazer com que
seus sonhos não vire realidade. Então se posso dar uma conselho, que
enfrente seus traumas e algozes de frente, pois a vida é cheia de
surpresas e novas chances aparecerão mais rápido do que imagina.
Fonte/BlogdoMarçal
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