terça-feira, 28 de abril de 2015

Ex-jogador Axel doa carro para igreja e ganha 416 multas e dívida de IPVA

 

O jogador briga na Justiça para não herdar dívida por falta de pagamento do imposto

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Os ex-jogador do Santos e do São Paulo Axel, que treinou equipes de base da seleção brasileira e atualmente é treinador do Jabaquara, da cidade de Santos (SP), está com um problema na Justiça gerado por um ato de fé. Ele foi parar na lista ativa de devedores do Estado de São Paulo por causa de um veículo que doou à Igreja Mundial Graça e Paz, do apóstolo Paulo Moura, no ano de 2002.
De lá para cá, o IPVA do automóvel nunca mais foi pago, o carro tomou 416 multas, todas computadas na carteira de habilitação de Axel. O caso foi parar na Justiça, que tomou uma decisão em primeira instância que não agradou a Axel nem à Igreja, tanto que as duas partes informam que irão recorrer da decisão.
O caso se desenrolou assim: Axel era frequentador da Igreja Missão Mundial Graça e Paz. No ano de 2002, ele ofertou um veículo de sua propriedade, um Mitsubishi Pajero, à Igreja. Doou o veículo, assinou documento de doação e entregou-o ao senhor Paulo Sergio de Moura, fundador da Igreja. Quanto a isso tudo, ninguém discorda.
O problema é que Axel deixou de ir ao Detran para efetuar a transferência legal de propriedade do veículo. Durante os meses seguintes à doação, conforme narram as duas partes, o apóstolo Paulo utilizou o veículo, mas fato é que nem Axel nem a Igreja ou seus membros foram ao Detran trocar o carro de dono.
O tempo passou e a Igreja transferiu a posse (mas não a propriedade, que continuava sendo de Axel) para uma outra pessoa, um professor que mora na Bahia. Quando chegou o ano de 2009, Axel recebeu a triste surpresa. Um oficial de Justiça bateu em sua porta e lhe disse que seu nome constava na lista da Dívida Ativa da Fazenda de São Paulo, em virtude da falta de pagamento do IPVA de um veículo Pajero de sua propriedade, e que também constavam nada menos que 416 multas em seu nome, tomadas pelo mesmo veículo.
Axel, então, resolveu ir à Justiça. Entrou com um processo contra a Igreja, contra o apóstolo Paulo e contra a Fazenda do Estado de São Paulo. Queria que as dívidas de IPVA e das multas, bem como os pontos na carteira, não recaíssem sobre ele, e sim sobre a Igreja ou sobre a terceira pessoa que recebeu o carro do apóstolo.
Fonte/JornaldeHoje

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