O Circuito Mossoroense de Futebol Amador, que vem sendo realizado desde 1996, corre sério risco de não acontecer neste ano. Isso porque a Prefeitura de Mossoró ainda não pagou a premiação para as equipes e nem a arbitragem dos jogos em relação à edição de 2014.
Estima-se que o débito com arbitragem é de R$ 70 mil.
“Se pagar 2014, a gente discute 2015”, disse o coordenador da arbitragem local, Antônio Rivelino.
Ele conta que procurou por várias vezes a Prefeitura para o recebimento, mas em vão. “Já falamos com o secretário (de esportes, Abraão Dutra), lideranças do governo, e nada”, relata Rivelino.
Nas outras edições do referido campeonato de outras gestões do governo municipal, Rivelino disse que a arbitragem não teve problema quanto a pagamento; sempre recebia assim que encerrava o evento.
Ainda que a Prefeitura efetue o pagamento de 2014, isso não garante a participação dos árbitros na possível competição deste ano devido à falta de credibilidade da atual gestão do município.
“O pessoal (árbitros) não trabalha mais desta forma (prazo). Pagando 2014, precisaríamos também sentar para analisar 2015”, ressalta Rivelino.
Além da inadimplência com os árbitros, a Prefeitura ainda não pagou a premiação aos times melhores colocados e destaques do campeonato de 2014. A premiação prometida foi em dinheiro (R$ 5 mil para serem distribuídos) e também em material esportivo. Ano passado, o campeão foi o Mossoró Esporte Clube.
REDUÇÃO
Mesmo “esquecendo” os problemas de 2014, a Prefeitura, através da Secretaria de Esportes, propôs em reunião recente com as equipes uma redução considerável para o evento deste ano.
Retirou a premiação em dinheiro, reduziu a distribuição em material esportivo e colocou na “conta dos times” a despesa com a arbitragem dos jogos.
“O esporte amador já sofre com a falta de apoio, imagine uma proposta como essa. Eu não concordei e ninguém concordou entre as equipes”, disse Ítalo Mikael, que comanda o time do Juventude do bairro Redenção.
No encontro com os times, de acordo com Ítalo, o secretário de Esportes, Abraão Dutra, argumentou que a medida estava ligada à crise financeira e sugeriu uma nova reunião na próxima semana a fim de resolver o problema.
Fonte/DeFato
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