Impossível imaginar alguém, em sã consciência, que não diga ser o América favorito no clássico de domingo.
Mesmo com os clichês e tudo o mais. O América está sim vivendo um momento bem melhor.
No time rubro, para o treinador Aluísio Morais sobram opções. Algumas ele nem testou ainda, mas podia, pois teve folga para isso nos dois jogos.
Time completo, confiante, líder, com o ataque mais produtivo e defesa mais eficiente, que ainda não tomou gols.
Mas sei bem o que é futebol. O treinador Morais, que foi jogueiro, viveu futebol a vida toda, deve estar temendo esse 'favoritismo.'
Ele sabe que menosprezar adversário é o pior erro que se comete no futebol.
E o ABC vive um momento tão ruim que ele deve temer que alguns jogadores possam cometer esse desatino.
Deve estar sendo o seu cuidado maior.
Não acredito que ele mude o time. Nem mesmo o esquema, indefinido, que ele utiliza.
Dois volantes presos – Macena e Bruno – um de cada lado. Cascata na frente dos dois, muito só na criação, e os três atacantes – Reis, Luís Eduardo e Thiago Potiguar (foto).
Evidente, ninguém é cego, durante a partida acontecem variações. O Thiago volta muito, cai de um lado, cai de outro, e vem sendo, de longe, o melhor jogador do campeonato.
Está desbancando no América, o Cascata. Mas isso é ótimo, basta que os dois convivam bem.
O maior trunfo de Aluísio é justamente esse.
Se ele erra ao escalar Reis, sem função, ao manter Luís Eduardo, sem ter testado outro na posição.
Se ele caduca, confunde, assombra, ao fazer entrar Júlio Terceiro, em duas oportunidades, no lugar de um meia de criação, acerta em cheio ao deixar Thiago livre para criar.
Desde que esse jogador chegou ao América que eu venho chamando a atenção para que ele não fosse tão somente um atacante de beirada, e nem só meia-atacante, que ele seja um talentoso criador, livre.
Ponto, único até agora, para Aluísio Morais. Parece que isso é responsabilidade, mérito, descoberta dele.
Muitas vezes – Zagallo, Parreira, Ferdinando, Joel Santana, Renato, Osvaldo Oliveira, e tantos outros estão aí para provar – um treinador não faz nada e o time faz tudo.
Fonte/EdmoSinedino
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