sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Romário 50 anos: especial mostra infância, trajetória do Baixinho, conquistas e desafetos


Campo do Aliança, principal palco dos primeiros gols de Romário
Campo do Aliança, principal palco dos primeiros gols de Romário Foto: Bruno Marinho
Bruno Marinho
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Romário completa nesta sexta-feira 50 anos. Se hoje em dia caminha pelos corredores do Senado Federal, em Brasília, quando moleque atravessava a Estrada do Quitungo, que liga os bairros de Brás de Pina e Vila da Penha, no subúrbio do Rio, para jogar bola na terra batida do Campo do Aliança. A caminhada era curta, de menos de um quilômetro. No percurso, passava por um dos bares onde seu Edevair dava expediente. O ponto era tão querido que o atleta resolveu comprá-lo e dar de presente para o pai, assim que o futebol o tornou rico.
Casa onde Romário viveu
Casa onde Romário viveu Foto: Bruno Marinho
Meio século depois, o menino nascido na Favela do Jacarezinho e que se mudou aos 3 para a Vila da Penha ainda tem laços com o lugar. Na rua que frequentou até seguir para Eindhoven, na Holanda, a casa em que viveu permanece de pé, praticamente intocada. Na mesma calçada, primos e tios tirados da comunidade pelo parente próspero vivem em residências próximas, que se destacam por ser maiores do que muitas ao redor. Em uma delas, o cartaz da campanha para senador continua pendurado no poste.
Mas se a referência como político é forte na Vila da Penha, a dos tempos de jogador sofreu um baque considerável. No letreiro do bar Roma-Rio não há mais o desenho do ex-craque com a camisa da seleção. Antônio Otaviano Silva, de 55 anos, comprou o ponto do pai do Baixinho em 1996, dois anos após seu Edevair ser sequestrado:
Antônio Otaviano é o atual dono do Roma-Rio
Antônio Otaviano é o atual dono do Roma-Rio Foto: Bruno Marinho
- Tirei depois que o Brasil tomou aquela porrada da Alemanha. Ficou meio chato, né? Mas eu vou refazer o letreiro e vou colocar alguma coisa dele. Antes tenho que pedir autorização à dona Lita (mãe de Romário). Às vezes, ela passa aqui para almoçar.
Falar sobre o Baixinho na região é ficar com a impressão de que todo mundo acima dos 30 anos, um dia, teve algum tipo de relação com o ex-atacante. De uma casa próxima ao local onde ele morava, uma mulher sai apressadamente. Nas rápidas palavras, revela a singularidade de sua biografia.
- Quer me entrevistar? Eu não sou parente do Romário, mas fui daminha de honra do casamento dele com a Mônica Santoro (primeira mulher do craque) - afirma a moradora ao lado da mãe, que confirma a história com um aceno de cabeça.


Fonte/Extra

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