A CBF elabora um calendário para 2017 com uma redução de três datas nos
Estaduais. Essa foi a proposta do comitê que estuda o cronograma de
partidas nacionais e a diretoria já iniciou um esboço neste sentido. O
corte permitirá a inclusão de partidas da Primeira Liga, mas não
aliviará em nada o excesso de jogos e coincidências com datas Fifa.
O comitê é composto pelos ex-jogadores Carlos Alberto Torres e Edmilson,
o ex-técnico Carlos Alberto Parreira, representantes de federações e da
Globo. O membro do Bom Senso FC, Luís Filipe Chateaubriand retirou-se
do grupo por discordâncias sobre o formato da temporada.
Primeiro, foi rechaçada a ideia de adaptar o calendário nacional ao
europeu. A alegação da maioria do grupo era que no Brasil não haveria
como disputar jogos no calor, que isso atrapalharia planos de marketing
de empresas de patrocínio e até o calendário escolar de divisões de
base. A ideia de prolongar o Brasileiro pelo ano inteiro, com jogos nos
finais de semana, também não vingou.
Então, passou-se a discutir o tamanho dos Estaduais. Uma redução
drástica foi rejeitada porque poderia afetar os clubes menores, e
contratos vigentes de campeonatos. Temeu-se ainda uma reação mais forte
de federações estaduais.
Resultado: foi proposta a redução de apenas três datas, caindo de 19
para 16. O Campeonato Paulista, por ter um contrato mais vultoso e maior
número de clubes, deve ser preservado. Assim, se abrira espaço para
três datas da Primeira Liga, que poderia passar de cinco para oito.
Esse número foi repassado para o departamento de competições da CBF. O
diretor Manoel Flores ficou de realizar um esboço com a nova ideia para
repassar ao grupo.
Há uma intenção de tentar preservar datas-FIFA, mas isso será
praticamente impossível já que não foi reduzido o número de jogos. Ou
seja, os times continuarão a ter desfalques quando a seleção jogar. Pelo
que está na mesa até agora, as mudanças serão bem pequenas em relação
ao calendário atual.
Fonte/Rodrigo Mattos
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