Foto: Rafael Ribeiro / CBF
A relação de Dunga e Gilmar Rinaldi com o senador Romário piora cada
vez mais. Segundo informações do GloboEsporte.com, a dupla da Seleção
Brasileira entrou com uma denúncia no Conselho de Ética do Senado para
que seja apurada uma possível quebra de decoro parlamentar. Além disso,
também houve foi protocolada uma queixa-crime no Supremo Tribunal
Federal (STF). Segundo a defesa dos dois, a queixa se deve a ofensas
proferidas pelo ex-jogador aos dois. Para os advogados, algumas
manifestações de Romário não competem ao seu cargo e não estão
englobadas no ‘manto’ da imunidade parlamentar. Para Ricardo Braga dos
Santos e Andréa Gonçalves Ferry, advogados de Dunga e Rinaldi, Romário
não pode dar certas declarações, só porque preside a CPI do Futebol,
comissão onde a dupla não é investigada. Com Rinaldi, os problemas com o
‘Baixinho’ são mais antigos. Em 1999, após a saída do centroavante do
Flamengo, um entrevero entre os dois foi causado, pois a rescisão de
Romário foi assinada pelo atual coordenador da Seleção. Esse motivo,
aliás, foi citado na queixa-crime. A defesa de ambos pede que Romário
seja condenado no artigo 139 do Código Penal, que trata de difamação e
prevê de três meses a um ano de detenção e multa. Rinaldi, por sua vez,
pede condenação no artigo 140, que trata de injúria e prevê detenção por
até seis meses ou multa. Ainda há um terceiro pedido da pula. Eles
pedem um agravante previsto no inciso III do artigo 141, que determina
aumento de um terço nas penas se a infração for cometida ‘na presença de
várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria’. “Estamos tomando medidas junto ao Conselho de
Ética do Senado, com objetivo de apurar se houve quebra de decoro
parlamentar. Ele não pode usar o cargo dele para satisfazer pretensões
pessoais, nesse caso a perseguição que há muito tempo pratica contra o
Gilmar. É uma coisa conhecida, desde a época do Flamengo, foi noticiado
pela imprensa. No STF há queixa-crime e há um entendimento já que o
senador tem imunidade parlamentar em relação às suas manifestações, até
mesmo criminais, mas têm de estar vinculado ao exercício do seu mandato.
Não pode ser qualquer ato e manifestação”, disse Ricardo Braga, um dos
advogados de defesa. Em 2015, o senador fez duras críticas aos dois. Ele
criticou algumas convocações feitas por Dunga (leia mais aqui).
O fato de Rinaldi ser um ex-agente de jogadores também não agradou
muito ao ex-jogador. Em resposta, o atual técnico da Seleção rebateu (leia mais aqui).
“Repudio as declarações de quem se disse meu amigo, mas não é. Amizade
pressupõe respeito, lealdade e estrita confiança na integridade de quem
dedicamos aquele sentimento”, disse na época.
Fonte/BahiaEsportes
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