segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Clubes que disputam o Parazão dependem do Governo

Até alguns anos atrás, a maior fonte de renda dos clubes do Pará vinha da bilheteria dos estádios. Porém, esse cenário mudou.

O Governo do Estado é, hoje o principal patrocinador do Campeonato Paraense, engordando a conta bancária dos times locais, principalmente de Remo e Paysandu.

Este ano, o Paysandu receberá do governo estadual cerca de 1,4 milhão de reais. Nessa conta, estão somados os 690 mil reais de cotas de transmissão de televisão, pagos pela Funtelpa; o patrocínio do Banpará (50 mil reais mensais); e mais uma ajuda de custo de 120 mil reais para a Série C, um pedido do presidente Luiz Omar Pinheiro.

Do 1º ao 4º colocado de cada turno ainda haverá um bônus por meritocracia, nos valores de 98 mil reais, 72 mil reais, 48 mil reais e 24 mil reais, respectivamente. Por fora, uma parceria entre a SEEL (Secretaria de Estado de Esporte e Lazer) e a FPF (Federação Paraense de Futebol) custeia a viagem de todos os clubes para o Parazão, com transporte, hospedagem e alimentação por dois dias.

“A FPF não dá isso em dinheiro para os clubes. Ela mesmo agenda a viagem, compra as passagens e reserva o hotel para os clubes. Para Santarém, é pago transporte aéreo, mas para outros municípios é emprestado um ônibus”, explicou o presidente da FPF, Antônio Carlos Nunes. Segundo ele, caso o clube queira viajar de avião ou se hospedar em outro hotel, paga por conta própria a diferença de valores. E alguns clubes optam por ficar em hotéis mais caros, viajar sempre de avião e levar uma delegação maior que a necessária.

Para Luiz Omar Pinheiro, o Paysandu fará diferente de outros anos. “O clube vai dançar conforme a música. Vamos acabar com a mordomia e ser iguais aos outros times”, declarou. Segundo LOP, o clube não depende tanto da ajuda governamental. “A soma dos patrocínios de Claro e Yamada é, praticamente, a mesma de Funtelpa e Banpará. Ainda temos o patrocínio da Cerpa e os royalties da venda de camisas”, detalha.

No Independente, a dependência das verbas públicas é ainda maior. O Galo Elétrico receberá do Estado cerca de 330 mil reais, somadas as verbas da Funtelpa, Banpará e uma ajuda de custo para a Série D de 50 mil reais. De patrocinadores próprios, que inclui a prefeitura de Tucuruí, a quantia chega a 89 mil reais. O presidente do Independente, Deley Santos, quer diminuir essa dependência estatal. “Estamos negociando um patrocínio com a Eletrobrás, que gira em torno de 100 mil reais mensais. Queremos construir um CT e investir mais na base”, informa.

Fonte/Diário do Pará

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