Prazer, Flávio Araújo, mas pode chamar de 'Rei do Acesso'

Flávio José Araújo, nascido em Fortaleza, no dia 30 de janeiro 1963. Em sua época de jogador, era um volante marcador, com um bom apoio ofensivo. Hoje, à beira do campo, tem um nome conhecido pelos gramados do Norte e Nordeste. Técnico do River-PI, Flávio Araújo, de 52 anos, comanda a equipe piauiense na Série D do Campeonato Brasileiro. Se você ainda não o conhece, pode chamá-lo de “Rei do Acesso”.
Com o Galo Carijó, Flávio Araújo conquistou o acesso para a Série C do Brasileirão. O que para muitos pode parecer apenas mais uma equipe subindo de divisão, para o treinador, significa muito mais. O acesso do River-PI foi o oitavo conquistado pelo treinador em sua carreira, o sexto em seis anos e o quinto em campeonatos brasileiros, no mesmo período destacado. Marca que lhe valeu a alcunha de “Rei do Acesso”. Uma história para poucos. Com uma personalidade ímpar e uma fidelidade às equipes que comanda, o técnico constrói mais um trabalho de sucesso.
O treinador do River-PI conversou o Blog O Nordeste Merece.
BLOG O NORDESTE MERECE: Como você encara o apelido de “Rei do Acesso”?
FLÁVIO ARAÚJO: Graças a Deus esse apelido é um reconhecimento pelo trabalho executado e é um trabalho executado com sucesso, que iniciou com acesso em 2009, com o Icasa-CE, e agora esse último acesso com o River-PI. Logicamente isso é fruto do trabalho, do empenho. E ficamos extremamente contentes com o fato do nosso trabalho estar sendo reconhecido em nível nacional. Mas sempre com os pés no chão, com humildade, sempre trabalhando com empenho e reflexão. Sempre analisando as competições que vamos disputar e se preocupar com a formação de um grupo forte.
BLOG: Como você analisa a temporada do River-PI até o momento? Semifinalista da Série D, garantido na Série C e agora com uma vitória na partida de ida sobre o Ypiranga-RS.
FLÁVIO ARAÚJO: As principais metas traçadas, nós obtivemos. Que foram o estadual, que através dele conseguimos uma vaga para a Série D, e nela o acesso para a Série C. Então, as três principais metas atingimos com sucesso. Agora, a quarta é o título. A Copa do Brasil e a Copa do Nordeste, nós entramos com o intuito de realizar grandes campanhas, porque as nossas chances eram diminutas em relação à Copa do Brasil, contra o
Fortaleza, e a Copa do Nordeste, contra Botafogo-PB, Ceará e Fortaleza. E foram importantes, apesar de não avançarmos. Foram duas competições que deram cancha ao grupo. Nós entramos como azarões na Copa do Nordeste e fizemos oito pontos, mesma pontuações de outras equipes que se classificaram em outras chaves. Enfim, as duas competições foram importantes para fortalecer o grupo e ganhar auto-confiança. No Campeonato Piauiense fomos campeões arrastões, ganhamos os dois turnos com apenas uma derrota. E agora o acesso se concretizando na Série D. As principais metas do clube, foram obtidas. Agora, vamos para a conquista do título.

BLOG: Você teve seu nome especulado em outras equipes e preferiu permanecer no River-PI. O próprio presidente do clube, Elizeu Aguiar, demonstra muito respeito pelo fato de você ter “acreditado no projeto”. Como você encara essa admiração pelo seu trabalho?
FLÁVIO ARAÚJO: Antes de me apresentar no River-PI, no começo de janeiro, eu recebi uma proposta do Paysandu, que estava sem treinador na época. E como eu já tinha empenhado minha palavra e vindo a Teresina, optei por cumprir minha palavra porque é uma questão de princípio, uma questão de formação. E depois, já em competição, tive o convite do Botafogo-PB, para a Série C. Naquela situação eu refleti e achei melhor continuar com o grupo, porque nós acreditávamos muito em uma grande campanha na Série D. Cheguei a conclusão que, se eu saísse do River-PI naquela situação, seria ruim. Para mim, para a equipe e para a diretoria, na qual tem o presidente, que sempre acreditou em mim. E realmente acreditando no trabalho, no potencial desse grupo, que eu firmei o pé e continuei no River-PI.
Fonte/EsporteInterativo